Vocês lembram quando a Paraíba convivia com greves do Magistério e da Polícia Militar, dez anos atrás, e o então governador José Maranhão (PMDB) sequer os recebiam para um mera audiência? Pois não é que o estado pode ver nos próximos dias a deflagação de uma greve geral do Magistério Estadual. É que sem nenhuma justificativa, o governador José Maranhão exonerou todos os diretores de escolas da rede estadual que tomaram posse em janeiro deste ano, a decisão foi publicada no Diário Oficial de 19 de fevereiro.
Arbitrariamente os diretores foram exonerados após serem eleitos democraticamente em pleito realizado no mês de novembro de 2008. As eleições diretas para direção das escolas foram estabelecidas pela Lei Estadual n° 8.294/2007 e portaria n° 3.966/2007, ambas referendadas nacionalmente pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB).De acordo com o diretor geral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (SINTEP/PB), Antonio Arruda, é vergonhoso que a direção das escolas estejam servindo para fins eleitoreiros. “Nós estranhamos esta atitude de um governador que afirma vir para restaurar a democracia e que, no entanto toma um posicionamento ditatorial, desrespeitando a legislação em vigor”, comenta Arruda.O SINTEP/PB realizará amanhã, às 10h da manhã em sua sede, uma reunião com todos os diretores que foram exonerados para decidir as providências, inclusive judiciais, para garantir o cumprimento da legislação. Em Itaporanga, por exemplo, foram atigidas as escolas: Adalgisa Téodulo da Fonseca, Padre Diniz, Terezinha Gomes, Manoel Diniz, Professor Francelino de Alencar Neves e a escola Semeão Leal.
Lembro-me que na greve do Magistério Estadual, naquela época, os professores reivindicavam apenas uma mera audiência, mas José Maranhão deixou-os irem parar no hospital. Uma das líderes daquele movimento era a professora Marlene Alves, atual reitora da UEPB, que mais tarde ficou na história ao conseguir conquistas históricas para a universidade, à exemplo da sua autonomia. Ou seja, a magnífica reitora só fez progredir profissionalmente de lá pra cá.
Quem também participava daquele movimento grevista eram 'defensores' petistas da classe, como o professor itaporanguense Dedé Martins (ex-secretário municipal de Assistência Social que desestruturou por completo, devido sua incompetência, a área social em Itaporanga). Pois bem, maltratado por Maranhão no passado, nos dias de hoje Dedé Pilão (como é chamado) não quer nem houvir falar em greve contra os maranhistas. Agora mesmo está doido é para ser encaixado num dos cargos estaduais em Itaporanga.
Defender os colegas professores? Que, nada... Para gente assim o que vale é próprio umbico. O resto que se dane!
