Entre 1995 e 2008, taxas de pobreza absoluta e extrema apresentaram as maiores quedas na região sul; regiões centro-oeste e norte tiveram as menores reduções
Fonte: IBGE-PNAD (Elaboração Ipea)
Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta terça-feira (13) mostra que a pobreza diminuiu no Brasil entre 1995 e 2008. Segundo o levantamento, 12,8 milhões de pessoas saíram da condição de pobreza absoluta (rendimento médio domiciliar per capita de até meio salário mínimo mensal), uma redução de 33,6% (passou de 43,4% para 28,8%). No caso da taxa de pobreza extrema (rendimento médio domiciliar per capita de até um quarto de salário mínimo mensal), 12,1 milhões de brasileiros deixaram essa condição, uma queda de 49,8% (passou de 20,9% para 10,5%).
De acordo com o estudo do Ipea, projeções permitem afirmar que em 2016 o Brasil terá superado a miséria e diminuído a 4% a taxa nacional de pobreza absoluta. “Mas para que essa projeção se torne realidade, os Estados terão de apresentar ritmos diferenciados de redução na miséria, uma vez que registram enorme assimetria nas taxas atuais de pobrezas extremas, como se pode observar entre Alagoas (32,3%) e Santa Catarina (2,8%)”, diz o trabalho. O levantamento ainda revela que a projeção do comportamento anteriormente alcançado de queda na taxa de pobreza extrema permite afirmar que Santa Catarina e Paraná serão os primeiros Estados da federação a superar a condição de miséria já em 2012.
Entre as grandes regiões geográficas brasileiras, as taxas de pobreza absoluta apresentaram as seguintes quedas de 1995 a 2008: 47,1% (sul), 34,8% (sudeste), 28,8% (nordeste), 14,9% (norte) e 12,7% (centro-oeste). No ranking da redução da pobreza extrema, as regiões ocuparam posições semelhantes: 59,6% (sul), 41% (sudeste), 40,4% (nordeste), 33,7% (centro-oeste) e 22,8% (norte).
Quando considerados os Estados, observa-se que Santa Catarina (61,4%), Paraná (52,2%) e Goiás (47,3%) apresentaram a maior redução acumulada na taxa de pobreza absoluta no período avaliado; Amapá (12%), Distrito Federal (18,2%) e Alagoas (18,3%) tiveram a menor redução.
Quando considerados os Estados, observa-se que Santa Catarina (61,4%), Paraná (52,2%) e Goiás (47,3%) apresentaram a maior redução acumulada na taxa de pobreza absoluta no período avaliado; Amapá (12%), Distrito Federal (18,2%) e Alagoas (18,3%) tiveram a menor redução.
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Em relação à taxa de pobreza extrema, observa-se que, em 1995, Maranhão (53,1%), Piauí (46,8%) e Ceará (43,7%) eram os Estados com maior proporção de miseráveis no país. Para o ano de 2008, Alagoas foi o Estado da federação com a maior taxa de pobreza extrema (32,3%), seguido do Maranhão (27,2%) e do Piauí (26,1%). Em 2008, constata-se também que os Estados com menor taxa de pobreza extrema foram: Santa Catariana (2,8%), São Paulo (4,6%) e Paraná (5,7%). Em 1995, os Estados que registravam menor taxa de pobreza extrema eram São Paulo (7,1%), Distrito Federal (8,8%) e Rio de Janeiro (9,9%).
Ao se considerar a evolução da desigualdade de renda, nota-se que, em 2008, os Estados com maior desigualdade foram: Distrito Federal (0,62), Alagoas (0,58) e Paraíba (0,58). Os Estados com menor grau de desigualdade de renda, segundo o índice de Gini, foram Amapá (0,45), Santa Catarina (0,46) e Rondônia (0,48).
A avaliação do ritmo médio anual de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre 1995 e 2008 nas cinco regiões mostra que, embora a região centro-oeste tenha registrado o maior índice (5,3%), ela teve o pior desempenho em termos de redução média anual da taxa de pobreza absoluta (-0,9%) e foi a segunda na diminuição média anual da taxa de pobreza extrema (-2,3%). A região sul, em contrapartida, registrou o menor índice de expansão médio anual do PIB por habitante (2,3%), mas teve o melhor desempenho em termos de redução nas taxas de pobreza absoluta (-3%) e extrema (-3,7%).
Ao se considerar a evolução da desigualdade de renda, nota-se que, em 2008, os Estados com maior desigualdade foram: Distrito Federal (0,62), Alagoas (0,58) e Paraíba (0,58). Os Estados com menor grau de desigualdade de renda, segundo o índice de Gini, foram Amapá (0,45), Santa Catarina (0,46) e Rondônia (0,48).
A avaliação do ritmo médio anual de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre 1995 e 2008 nas cinco regiões mostra que, embora a região centro-oeste tenha registrado o maior índice (5,3%), ela teve o pior desempenho em termos de redução média anual da taxa de pobreza absoluta (-0,9%) e foi a segunda na diminuição média anual da taxa de pobreza extrema (-2,3%). A região sul, em contrapartida, registrou o menor índice de expansão médio anual do PIB por habitante (2,3%), mas teve o melhor desempenho em termos de redução nas taxas de pobreza absoluta (-3%) e extrema (-3,7%).
REDAÇÃO ÉPOCA
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