O líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), disse nesta quarta-feira (17) que a tendência de crescimento da ministra Dilma Rousseff nas pesquisas de sucessão presidencial é um fato “positivo e animador”. Para ele, a subida da ministra mostra que “ataques virulentos” da oposição não prejudicaram a imagem do governo. Na pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quarta-feira (17), Dilma aparece a apenas 5 pontos de diferença de José Serra (PSDB-SP). Em dezembro, essa diferença era de 21 pontos.
A pesquisa revela que a tática da oposição de nos atacar com virulência em manchetes de jornais e revistas nos últimos 15 dias não surtiu nenhum efeito. A ministra subiu, assim como a avaliação do presidente, o que mostra que a gritaria não funciona.
Ferro se referia a denúncias que surgiram na imprensa nas últimas duas semanas acusando o novo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários). Foi veiculado ainda que Vaccari teria participado de um outro esquema, cobrando propina de empresários que queriam se associar a fundos de pensão para arrecadar dinheiro para caixa dois e mensalão do PT. Tanto o tesoureiro quanto o partido negam as acusações.
O líder petista disse também que, apesar da tendência do crescimento, a campanha da pré-candidata não pode ser contaminada pela euforia.
- Há uma tendência de Dilma subir e Serra estagnar ou declinar. Mas isso é só uma tendência, não podemos entrar em processo de empolgação por isso. Temos que continuar trabalhando para consolidar essa subida.
Questionado pelo R7 se a subida de Dilma aumenta a força do PT no processo de escolha do vice na chapa governista, Ferro disse que a “candidatura em ascensão fortalece o respeito dos aliados”. Embora a cúpula do PMDB queira indicar Michel Temer para a vaga, o PT tem resistência ao nome do presidente da Câmara.
O deputado comemorou ainda outros dois dados da pesquisa. Um deles diz que 53% dos eleitores votariam no candidato(a) de Lula. O outro, que 42% ainda não sabem quem é o(a) escolhido(a) pelo presidente, indicando que Dilma ainda tem espaço para crescer:
- Tem esse dado extremamente positivo, que revela mais um campo para o crescimento da candidatura. Falta anunciar que ela é candidata e dizer que ela é candidata do presidente. Uma parcela do eleitorado já captou isso, mas outra ainda não. E a divulgação na mídia tradicional não é suficiente para tornar a candidatura conhecida.
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