É interessante observar a rotina do Brasil durante uma Copa Mundial de Futebol. O dia de jogo, então, o país parece parar no tempo e não querer mais sair dele. O semblante do brasileiro torna-se estereótipo de alegria numa nação maltratada pela pobreza e alimentada por uma veemente desigualdade social.
Com um patriotismo que ganha vida própria neste país-continente tão invejado pelas suas riquezas naturais, a bandeira tupiniquim é exaltada num enredo inusitado e antagônico.
Com um patriotismo que ganha vida própria neste país-continente tão invejado pelas suas riquezas naturais, a bandeira tupiniquim é exaltada num enredo inusitado e antagônico.
O território brasileiro fica, então, coberto por seu manto verde e amarelo numa imensa corrente de forças positivas que ultrapassam as fronteiras do país e contagiam o solo sul-africano. Assim, são quase duzentos milhões de corações pulsando nas pontas das chuteiras de onze artistas; que jogam, que gingam, que driblam, que brincam e que fazem arte com a bola no pé.
Parece surreal, mas neste Brasil do futebol moleque a bandeira ganha alma, o seu grito de ordem é vencer e o seu progresso mais próximo é o almejado HEXACAMPEONATO.
Neste cenário de natureza exuberante e dentro deste contexto de miséria sócio-econômica, os brasileiros fazem das limitações, idealismo e do futebol, arte. A seleção canarinho promove, então, o que as políticas públicas não conseguem: liberdade, igualdade e fraternidade.
Portanto, neste país todos jogam numa mesma seleção; onde não existem disparidades e todos são artesãos de uma jogada escultural e autores de uma mesma tela: o gol. Este é o Brasil do futebol. Este é o Brasil dos sonhos de sua gente.
Por: Maria Helena Gomes Fausto e Martíns
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