Pesquisa do instituto Vox Populi, divulgada neste sábado (15) no Jornal da Band, mostra a pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, com 38% das intenções de voto, contra 35% do tucano José Serra. Embora dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo, esta é a primeira vez em que Dilma aparece à frente de Serra.
Na pesquisa anterior do Vox Populi, divulgada em 3 de abril, o presidenciável do PSDB tinha 34%, contra 31% da pré-candidata do PT. Marina Silva (PV) aparece agora com 8%, contra 5% registrados no levantamento anterior. Votos brancos e nulos ficaram com 8%, enquanto 11% dos entrevistados se disseram indecisos.
Em uma projeção de segundo turno, Dilma tem 40%, contra 38% de Serra. Votos brancos e nulos ficaram com 9% no segundo turno, enquanto 13% dos entrevistados ainda não escolheram candidato. Segundo o Vox Populi, 75% das pessoas disseram conhecer bem o pré-candidato José Serra, enquanto 56% afirmaram o mesmo de Dilma e 33%, de Marina.
Foram entrevistadas 2.000 pessoas entre os dias 8 e 13 de maio. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 11.266/2010.
Causas e efeitos da nova pesquisa VOX Populis
Os números apresentados pelo instituto VOX Populis neste sábado, em trabalho produzido para a BAND, revelam pela primeira vez no atual processo pré-eleitoral em curso a virada na preferência eleitoral para a corrida presidencial, agora tendo a pré-candidata Dilma à frente do ex-governador José Serra.
A rigor, se tomado por base o conjunto das pesquisas dos principais institutos do Centro Sul, os números de agora significam um estágio esperado, exceto quando se insere neste contexto a postura do Datafolha insurgindo contra essa tendência captada em pesquisas anteriores.
Entendamos: se comparado a média dos números anteriores da maioria das pesquisas apontando o crescimento gradativo de Dilma diante da queda de Serra chegar a este sábado de maio com a virada pró petista é algo assimilável como tendência de processo continuado.
Aliás, os números de agora vão colocar o Datafolha em xeque, melhor dizendo, já está em xeque num processo de maior acompanhamento sobre o que apresentará na próxima aferição circunstancial, ou seja, se se alia aos dados dos demais institutos ou se insiste em contestar a maioria afetando seu maior patrimônio, a credibilidade.
Se reparar direito, o fenômeno de Dilma é condição somente possível porque o Brasil tem um presidente com alto indice de aprovação de governo e, por conseguinte, forte influência no processo eleitoral, portanto, quanto mais Lula apresentar a petista como sua candidata, mais ela tenderá a crescer porque, em tese, o eleitorado brasileiro sinaliza que não está interessado em mudança de rumo da conduta política do País.
O contexto não significa demérito diante da competência reconhecida de Serra, entretanto está evidente que o brasileiro anda satisfeito com a vida gerada nos anos de Lula/PT, portanto, não será nenhuma novidade se nas próximas aferições continuarem números de crescimento gradativo da Dilma.
Em síntese, a conduta da Oposição e de parte da elite nacional de gerar preconceito e critica contundente contra Dilma em nada está afetando a tendência do eleitorado, por isso algumas grandes estruturas de poder a partir de São Paulo – Rio, inconformadas com o ‘status quo’, podem até ampliar o grau de ataque à candidatura e ao PT, mas está claro que o eleitor brasileiro já optou em não mudar o rumo na direção do futuro.
Em síntese, só uma catástrofe muda essa tendência, mas nada incita nessa direção.
UOL
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