A população de 187 municípios paraibanos aumentou neste ano em comparação com 2008, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Instituto também mostrou que, nos últimos nove anos, João Pessoa apresentou um crescimento de 14,9%. O contingente populacional da capital passou de 597.934 em 2000 para 702.235 neste ano. A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) prevê aumento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para as 187 cidades que registram elevação populacional. Contudo, o IBGE revelou que 34 cidades da Paraíba tiveram redução do número de habitantes e dois municípios ficaram com a população estável em 2009.
As cidades que tiveram a elevação populacional fizeram com que o total da população da Paraíba chegasse a 3.769.977 habitantes, ficando à frente do Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Piauí.
Os municípios de João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Bayeux, Santa Rita, Cajazeiras, Patos, Guarabira, Sousa e Sapé representam os dez maiores em número populacional no Estado. Desses, apenas o município de Sapé apresentou uma diminuição da população. De acordo com o IBGE, em 2008 eram 47.690 habitantes naquela cidade e este ano foi resgistrado um total de 47.682. No ranking, a capital apresenta o maior número populacional passando dos 700 mil. Logo após aparece Campina Grande com 383.764, Santa Rita com 126.775 habitantes, Patos com 100.732, Bayeux com 96.198, Sousa com 65.930, Cajazeiras com 57.875 habitantes, Guarabira com 56.136 e Cabedelo com 51.865 habitantes.
Conforme o IBGE, a capital paraibana tinha 693.082 pessoenses em 2008. Neste ano, o contingente chegou a 702.235. Ou seja, houve crescimento de 1,3%. O percentual representa 9.153 pessoenses a mais. Na segunda maior cidade da Paraíba, Campina Grande, o IBGE revelou que havia 381.422 campinenses. Em 2009, o número passou para 383.764 habitantes. A elevação percentual ficou em 0,6%. Isso equivale a um acréscimo de 2.342 habitantes em Campina.
O presidente da Famup, Buba Germano, acredita que os 187 municípios – que aumentaram a população – tenham incremento no repasse do FPM. O recurso federal é enviado mensalmente às cidades paraibanas. “As cidades que conseguiram aumentar a população serão beneficiadas com mais dinheiro do FPM para investir em melhorias nos municípios. Por outro lado, aqueles municípios com diminuição da população vão receber menos recursos do FPM”, afirmou.
Dos dez municípios com menor população no Estado, dois deles apresentaram uma diminuição populacional, a exemplo da cidade de Parari, que tinha 1.283 habitantes em 2008. Os dados do IBGE mostram que esse número caiu para 1.266 em 2009. O levantamento do Instituto revela ainda que Parari está entre os dez municípios menos populosos do Brasil e ocupa o nono lugar no ranking. Já os municípios que apresentaram um crescimento populacional são: Riacho de Santo Antônio, São João do Brejo do Cruz, Coxixola, Amparo, Zabelê, Areia de Baraúnas, Passagem e Quixaba.
Os municípios que apresentaram uma diminuição no número populacional são: Alagoa Grande, Alagoinha, Araçagi, Areia, Areia de Baraúnas, Boa Ventura, Bom Sucesso, Brejo dos Santos, Conceição, Cuitegi, Diamante, Gado Bravo, Ibiara, Jacaraú, Lastro, Mãe D’Água, Natuba, Nova Olinda, Olho D’Água, Parari, Pilões, Pilõezinhos, Santa Helena, Santana de Mangueira, Santana dos Garrotes, Santo André, São João do Cariri, São José de Espinharas, São José de Princesa, São José dos Cordeiros, São Mamede, Sapé, Serra da Raiz e Solânea. Os municípios de Dona Inês e Duas Estradas permaneceram com a mesma população de 2008. Dona Inês com 11.142 e Duas Estradas com 3.855 habitantes. “Devido à redução da população em algumas cidades, eu acredito que os prefeitos vão recorrer no IBGE contra a queda do número de habitantes nos municípios. Com isso, não terão a redução do FPM”, declarou o presidente da Famup. Ele acrescentou que o censo demográfico 2010 vai esclarecer qual a quantidade correta de habitantes em cada cidade paraibana.
CONTESTAÇÕES
Os municípios que desajarem contestar as informações populacionais têm até 20 dias após a publicação das estimativas, ou seja, até o dia 3 de setembro, para apresentar as reclamações fundamentadas ao IBGE. Após esse prazo, o IBGE encaminhará as estimativas ao Tribunal de Contas da União. De acordo com o IBGE, a divulgação anual do número populacional obedece à lei complementar nº 59, de 22 de dezembro de 1988, e ao artigo 102 da lei nº 8443, de 16 de julho de 1992, e são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos nos períodos intercensitários, e o parâmetro usado pelo Tribunal de Contas da União na distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Por: André Gomes JPB