Deve ser anunciado amanhã, pelo governo, o percentual de reajuste que será concedido aos aposentados a partir de janeiro de 2010.
Na semana passada, representantes de entidades dos aposentados e pensionistas estiveram reunidos com parlamentares e com os ministros da Previdência, José Pimentel, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, para tratar do assunto e chegar a um acordo.
O deputado Pepe Vargas (PT-RS), relator do projeto que propõem o fim do fator previdenciário, explicou que a proposta do governo é juntar os quatro projetos de interesse dos aposentados, que tramitam no Congresso, e elaborar um substitutivo global, que atenda as reivindicações da categoria e seja economicamente viável ao governo. "O governo aceita discutir o reajuste, o fator previdenciário, mas quer discutir em torno dessas propostas. E o acordo que for produzido, se for produzido, será materializado em um substitutivo global para que essas quatro matérias legislativas sejam superadas. Para que não haja uma negociação agora e, em seguida, se retome todo o debate de novo" – explicou o deputado gaúcho.
Recuperação Salarial
Entre os projetos em tramitação dentro do tema há o que trata da política de recuperação do salário mínimo até 2023, em que foi incluída uma emenda que estende os mesmos reajustes aos benefícios pagos pela Previdência; outro que propõe a reposição para aqueles aposentados que ganham acima do salário mínimo; um projeto que extingue o fator previdenciário; além do veto emenda que dava aos benefícios previdenciários o mesmo percentual de reajuste dado ao salário mínimo.
O deputado gaúcho informou que no encontro da semana passada não foi falado em percentuais de reajuste.
Mas a expectativa é de que os aposentados ganhem pelo menos 7%, o equivalente à inflação e mais três pontos percentuais – o que deixaria o valor real do aumento em 3%. Este é o número que está sendo anunciado nos bastidores e que já contaria com o aval do governo. Pepe Vargas, no entanto, não confirma este a informação. Ele diz apenas que os representantes do governo aceitaram o ministro Pimentel aceitou a ideia de se criar uma mesa de negociações permanente para discutir uma política de valorização do aposentado e do idoso em geral, que iria além da questão salarial.
O grupo discutirá também questões de saúde e políticas públicas voltas ao idoso.
No Brasil, 54% dos aposentados ganham um salário mínimo. E mais de um quarto deles precisa da ajuda financeira dos filhos, parentes e amigos para sobreviver com dignidade.
Mais: quase um terço dos que se declaram aposentados trabalha para complementar seu benefício, que, na maior parte dos casos, não supera um salário mínimo.
O País tem hoje cerca de 15 milhões de aposentados .
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