terça-feira, 18 de agosto de 2009

Queda de arrecadação reduz valor repassado por aluno

governo federal precisou rever os valores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) por causa da queda na arrecadação. A previsão dos impostos e contribuições que compõem o fundo teve uma queda de R$ 9 bilhões, o que levou o Ministério da Educação a reduzir a previsão de investimentos por aluno da rede pública no País do atual valor de R$ 1.350,90 para R$ 1.221,34.
O Fundeb é composto por 25% de uma série de impostos e contribuições nacionais e estaduais. O valor de cada Estado é dividido pelo número de alunos matriculados na rede pública.
O governo federal fixa um valor mínimo por aluno para o País de acordo com a arrecadação e, nos Estados onde não se alcança esse valor mínimo, a União paga uma complementação. Os valores estaduais e nacional são definidos no final de um ano para o ano seguinte, com base na previsão de arrecadação e o número de alunos registrados no Censo Escolar. A previsão inicial para 2009 era de que o fundo tivesse R$ 76 bilhões. Mas os números do Tesouro Nacional apontam, agora, para apenas R$ 67 bilhões.
Vários Estados tiveram queda na sua previsão de valor médio por aluno. No entanto, o número dos que precisam de complementação da União continua o mesmo. São nove (Paraíba, Pará, Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Ceará, Amazonas, Bahia e Piauí).


PERDAS

O valor da complementação da União, definida por meio de lei, também se manterá em R$ 5,07 bilhões. "O que muda é o valor que cada Estado recebe. Houve uma redistribuição de acordo com a queda na arrecadação em cada um", explica Antônio Corrêa Neto, diretor financeiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que administra o Fundeb.
O Piauí, por exemplo, vai passar a receber R$ 264 milhões, R$ 17 milhões a menos que a previsão inicial. Já a Paraíba terá uma complementação de R$ 114 milhões, ou seja, R$ 12,8 milhões a menos do que o previsto.
A adequação nos números do Fundeb normalmente é feita de um ano para outro porque a variação entre o previsto e o efetivamente arrecadado costuma ser pequena e, até hoje, para mais. Isso fazia com que os Municípios recebessem uma parcela a mais no fim do ano. Desta vez, com a queda acentuada na arrecadação, o governo decidiu antecipar o ajuste para que não tivesse um impacto muito grande em 2010.
Fonte: O Estado de São Paulo

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