A deputada estadual Nadja Palitot (PSB) quebrou o silêncio e na tarde desta terça-feira (29) fez um duríssimo discurso contra o prefeito pessoense Ricardo Coutinho, presidente estadual do PSB. Em seu retorno à Assembleia Legislativa, assumindo o lugar do deputado Leonardo Gadelha (que assumiu a secretaria de Infraestrutura do Governo Maranhão), ela acusou Ricardo de ter proporcionado um "cruel, violento e desumano massacre" contra ela, mas disse que tinha sobrevivido e continuava forte em sua luta política.
Nadja disse que a cada dia a perseguição de Ricardo aumentava, mesmo tendo sido ela quem abrira as portas do partido socialista para acolhê-lo quando ele foi praticamente expulso do PT por desrespeitar um acordo interno da legenda.
"Acolhi Ricardo num partido em que eu já estava há 12 anos. Renunciei à presidência e entreguei o comando partidário a ele. E ainda assim eu fui vítima de uma perseguição inimaginável de seu grupo", acusou. "Fui avisada de que seria traída e descartada, mas ainda assim dei guarida a ele. Infelizmente os avisos se confirmaram", lamentou.
A deputada diz, contudo, que a máscara de Ricardo Coutinho cai no momento em que ele se aproxima politicamente do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB).
Segundo Nadja, todo o tipo de perseguição sofrida começou apenas porque ela foi contra o corte de uma gratificação de R$ 90 das merendeiras, não concordou com o que chamou de perseguição aos agentes de saúde e criticou a atuação da Guarda Municipal de João Pessoa, chamada por ela de "mílicia de bombados".
Ela lembrou também que o seu marido Herbert Palitot, enquanto técnico e secretário de Ciência e Tecnologia da primeira gestão de Ricardo, foi um dos idealizadores da Estação Ciência, mas mesmo assim foi exonerado por telefone pelo prefeito. "Nestas horas a competência dele de técnico não vale mais nada", criticou. "O que vale para ele é apenas a sua ferina ingratidão", completou.
Em seu discurso, ela disse também que Ricardo nunca "teve a dignidade de lhe receber" e que no caso da falsificação das atas do PSB, durante o processo envolvendo o deputado estadual Guilherme ALmeida, ele "expos o partido a todo tipo de vergonha". "O famoso Coletivo Ricardo Coutinho provocou todo tipo de fraude e falso testemunho. Coletivo que na verdade é uma irmandade que persegue e expulsa qualquer um do partido. Sem dó e sem piedade", disparou.
paraíba1
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